Vila da Cultura se consolida como espaço de valorização da cultura junina

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Por mais um ano, a Vila da Cultura foi um grande sucesso e se consolidou como um espaço de valorização da tradição junina e da cultura local nos festejos de São João em Camaçari. Ao todo, 19 atrações passaram pelo palco nos quatro dias de festa, entre a quarta-feira (21/6) e este sábado (24/6). O local ainda contou com o Festival de Quadrilhas Juninas, tendo a apresentação de nove grupos.

A secretária da Cultura, Márcia Tude, ressaltou a alegria em ver o saldo positivo da Vila da Cultura. “É um espaço fundamental para a valorização da cultura popular, dando destaque e fomentando os artistas da nossa cidade, além de fazer girar a economia. Ver o retorno afirmativo da população é uma felicidade!”, afirmou.

Neste sábado (24/6), a abertura da programação ficou por conta do cantor Arthur Luz, campeão do concurso cultural A Voz de Camaçari Kids, realizado em 2022. Esta é a primeira vez que o jovem músico se apresenta no Camaforró. “Uma experiência nova, estava ansioso para fazer o show e levar animação à galera. Uma canção especial que trouxe hoje, é Qui Nem Jiló, que foi a que me apresentei na grande final do concurso”, destacou. Com um repertório dando ênfase ao forró, Arthur ainda entoou músicas como Anjo Querubim e Eu Não Preciso de Você. A grade de atrações da noite também contou com os artistas Dai A Diferentona, Inaldo do Forró e Zé Costa.

O ponto alto do último dia da Vila foi o Festival de Quadrilhas Juninas, com a disputa na categoria estilizada. A Fogueira Santa, sediada na Lama Preta, foi a grande campeã, conquistando o valor de R$ 3 mil. Além disso, o grupo recebeu premiações de melhor puxador, melhor coreografia, melhor figurino, melhor casal de noivos e melhor tema, sendo R$ 300 por cada quesito alcançado.

A marcadora do grupo Fogueira Santa, Leonice Aragão, falou sobre a satisfação de se apresentar em Camaçari. “Este ano, fomos campeões no Festival de Quadrilhas Juninas de Ibicuí e vice-campeões no Arraiá do Galinho, mas poder se apresentar na nossa cidade é uma sensação diferente. Este prêmio indica que estamos no caminho certo, porém a nossa grande alegria é conquistar o público”, disse. Com o tema Morte e Ressurreição – O Vaqueiro e O Boi Leitão, a apresentação da quadrilha teve a participação de, aproximadamente, 100 integrantes.

Ainda integrou o festival, a Junina São Sebastião, de Vila de Abrantes. O coreógrafo do grupo, Fábio Umburana, contou que este foi o ano de estreia do conjunto. “Foram dois meses de ensaios, onde nos dedicamos para, hoje, dar o nosso melhor, levando alegria aos espectadores”, destacou. A quadrilha levou ao espaço 11 integrantes.

O corpo do júri foi formado pela coreógrafa Janete Matos; o bailarino e conselheiro de Cultura de Camaçari pelo segmento de dança, Hebert Costa; e o graduando em História, Jardel Corbacho. Foram avaliados os seguintes quesitos: vestimentas e adereços; conjunto; apresentação e coreografia; criatividade; animação; puxador; música e ritmo; tempo; tema; casal de noivos; e disciplina.

Moradora de Salvador, Cláudia Maria da Cruz veio ao Camaforró pela primeira vez. “Achei muito legal este espaço, um local tranquilo, com muita animação, astral lá em cima! As atrações também foram muito boas e resolvi vir, especialmente, para assistir ao Festival de Quadrilhas”, contou. Quem também conheceu a Vila da Cultura neste sábado e avaliou positivamente o festejo, foi Petriane Lopes, que estava acompanhada do filho Pedro Miguel, 7 anos. “Achei uma festa familiar, com uma estrutura bacana. Bem legal”, destacou.

Em 2023, a Vila da Cultura teve como tema: “Por Uma Cultura Inclusiva e Plural”, e contou com ambientes variados. Entre eles, estava a Casa do Patrimônio, com exposição fotográfica que deu visibilidade a grupos culturais da cidade; e o Armazém Colaborativo, um local que serviu para microempreendedores individuais darem destaque a seus produtos. Em uma tenda especial, foram ofertadas, de forma gratuita, oficina de laços e tiaras, além de serviços de manicure e maquiagem.

Quem foi ao festejo, também contou com o Cantinho do Cordel, que deu ênfase ao gênero literário, tendo brincadeiras infantis e oficina de xilogravura. Na Casa da Olaria foi possível conhecer mais sobre a arte do barro; e o espaço Diversidade e Cidadania foi um local para encontro de pessoas.

Foto: Itamar Pinheiro

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