VÍDEO: Mulher tira roupa em protesto por ter sofrido racismo dentro de uma Rede de Supermercado

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Uma mulher negra tirou a roupa dentro de um supermercado de Curitiba (PR) como forma de protesto por ter sofrido racismo dentro do estabelecimento. Em um desabafo nas redes sociais, a atriz e professora Isabel Oliveira relatou ter sido seguida pelo segurança do Atacadão S.A. enquanto fazia compras.

“Eu perguntei para ele se eu estava oferecendo algum risco para a loja, porque desde a hora em que eu entrei ele estava andando atrás de mim”, contou, chorando, em um vídeo compartilhado nas redes sociais. “A gente não pode continuar sendo tratado como marginal, eu só entrei para fazer as minhas compras. Eu tenho dois filhos, não quero que eles passem por isso.” Isabel disse que foi procurada pela gerente da loja, que a ofereceu um copo d´água para que ela se acalmasse.

A professora também relatou o caso a polícia. “Eu fui à delegacia, eles perguntaram se eles tinham se recusado a me atender, alguma coisa que caracterizasse como racismo, porque nada aconteceu, e o segurança só estava cumprindo o papel dele. O papel dele é perseguir uma pessoa preta no supermercado?”, questionou. Algumas horas após o ocorrido, Isabel voltou ao supermercado para protestar.

Ela ficou somente com as roupas íntimas e escreveu em seu corpo a frase “eu sou uma ameaça?”. “Agora não tem mais nenhum segurança atrás de mim. Acho que todas as vezes que eu vier ao mercado agora eu vou ter que vir assim, seminua, sem lugar para guardar nada, para não ser risco para ninguém”, disse em um vídeo gravado dentro do estabelecimento.

Em nota, o Atacadão S.A. disse que apurou o caso, ouviu os funcionários, analisou as imagens de câmeras de segurança e não identificou indícios de abordagem indevida. A empresa alegou ainda que se colocou à disposição de Isabel. “Lamentamos que a cliente tenha se sentido da maneira relatada, o que, evidentemente, vai totalmente contra nossos objetivos.c A empresa possui uma política de tolerância zero contra qualquer tipo de comportamento discriminatório ou abordagem inadequada”, declarou. “Ressaltamos, ainda, que nosso modelo de prevenção tem como foco o acolhimento aos clientes, com diretrizes de inclusão e respeito que também são repassadas aos nossos colaboradores por meio de treinamentos intensos e frequentes.” 

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