Estudos acerca dos resultados da vacinação contra a covid-19 seguem sendo realizados, e na última quinta-feira (6/1) de acordo com reportagem da Istoé/Gente, mais um foi publicado no “Obstetrics & Gynecology”. A pesquisa em questão analisou o ciclo menstrual de quase 4 mil mulheres, para identificar os efeitos dos imunizantes na menstruação.
Conforme divulgado, as vacinas podem causar uma pequena alteração na duração do ciclo menstrual — temporária e não prejudicial. Trata-se de um leve aumento na duração do ciclo, que corresponde as normalidades classificadas pela Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO).
O estudo
Com base em dados do aplicativo menstrual Natural Cycles, foram avaliados os ciclos de mulheres de 18 a 45 anos que não faziam uso de contraceptivos hormonais. Entre o grupo vacinado (cerca de 2,4 mil), foram analisados três ciclos menstruais consecutivos antes e após a vacinação, incluindo o(s) ciclo(s) em que a imunização ocorreu. Enquanto as não vacinadas tiveram dados colhidos por seis ciclos consecutivos.
Segundo informações do “Viva Bem”, a primeira dose da vacina foi associada a um aumento de 0,64 dia na duração do ciclo menstrual, e a segunda dose, a um aumento de 0,79 dia, na comparação entre os grupos. A alteração pode estar relacionada à resposta do sistema imunológico ao imunizante.
As mudanças observadas foram mais precisas em mulheres que receberam o imunizante no primeiro dia do ciclo. Além disso, os pesquisadores puderam constatar que um subgrupo com duas doses da Pfizer ou Moderna no mesmo ciclo apresentou aumento médio de dois dias na duração do ciclo — também considerado temporário.
Os resultados não excluem a necessidade de pesquisas adicionais para estabelecer se a vacina tem alguma influência sobre outros sintomas que acometem o período menstrual, como cólicas, alterações emocionais e sangramento
ISTOÉ/GENTE
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