UPA da Gleba A é invadida, depredada e equipe médica ameaçada. Secretaria da Saúde (Sesau) emite nota

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A Prefeitura de Camaçari, por meio da Secretaria da Saúde (Sesau), repudia mais um caso de agressão ocorrido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Gleba A/ Gravatá, na tarde de quinta-feira (15/2), quando, infelizmente, familiares de uma paciente invadiram a unidade, quebrando a porta de acesso, e dois consultórios, onde estavam sendo realizados atendimentos. Não bastasse a invasão e a depredação do equipamento público, as mesmas pessoas ainda ameaçaram a equipe médica e foram embora sem deixar a paciente ser medicada.

A Sesau reitera, mais uma vez, que tem feito todos os esforços para garantir o atendimento da população, seguindo critérios e protocolos de atendimento. Entretanto, com as UPA e os Pronto Atendimentos (PA) lotados, com pacientes aguardando a transferência por parte da Regulação Estadual, as equipes das unidades de emergência têm se dedicado em dobro para garantir o atendimento de todos os pacientes internados e dos novos, dentro do tempo de espera determinado pelo protocolo de triagem, com base na gravidade de cada caso. Dessa forma, é importante que a população não use nenhuma forma de violência, seja ela física ou verbal, na tentativa de garantir atendimento.

Toda e qualquer reclamação e/ou denúncia podem ser enviadas para a Ouvidoria SUS, através do 156, ou para a Ouvidoria-Geral do Município, nos número (71) 3622-7324, 0800 284 7325, ou ainda pelo endereço de e-mail: ouvidoria@camacari.ba.gov.br. Outro canal de comunicação, que tem sido bastante utilizado pela população, é o WhatsApp (71) 98137-1615.

Confira abaixo a nota do Instituto de Saúde Integrada da Bahia (ISIBA), empresa responsável pela gestão da UPA da Gleba A, que relata o ocorrido:

“Na tarde da quinta-feira (15/2), os servidores da UPA da Gleba A/ Gravatá sofreram mais um caso de agressão por parte de familiares de uma paciente. O caso em questão ocorreu quando familiares de uma paciente quebraram a porta da unidade e invadiram um consultório onde a profissional médica estava realizando o atendimento de outra paciente e teve que parar sob ameaças de que ela teria que ser atendida imediatamente.
 
A UPA Gleba A/ Gravatá opera com quadro de quatro médicos para atendimento à população, onde, na quinta, a equipe médica estava composta por drª. Maria Elza Lopes, dr. Carlos Alberto Lopes, drª. Yanna Kelly Pita, dr. Guilherme Augusto de Oliveira.  No momento do ocorrido, todos estavam em atendimento.
 
Após o Carnaval, o número de atendimento tende a crescer. No que se refere à demora no atendimento médico, nesta quinta, foram realizados 300 atendimentos, até às 19h. Até a noite desta quinta, a unidade registrava 17 pacientes esperando transferência para um hospital de referência.
 
Verificamos o prontuário eletrônico da paciente em questão (que preservamos a identidade), que deu entrada na unidade às 14h30min, sendo triada e classificada às 14h56min como verde (paramento dos sinais vitais estáveis). Enquanto aguardava o atendimento médico, a mesma começou a exaltar os pacientes e acompanhantes, que estavam na recepção, iniciando um tumulto na tentativa de acelerar o atendimento médico. 
 
O genitor da paciente invadiu a unidade com a filha no colo e interrompeu o atendimento que a médica estava realizando. A paciente que estava sendo atendida naquele momento teve que levantar para que a outra pudesse sentar para realizar o atendimento.
 
A médica começou a realizar o atendimento às 16h04min, enquanto a doutora realizava a anamnese da paciente e prescrevia a medicação e os exames que a mesma iria realizar na unidade. A paciente apresentou um quadro de vômito. Neste momento, o genitor começou a filmar e insultar a médica, alegando negligência no atendimento, sendo que a paciente já estava sendo atendida e já poderia ser encaminhada para a sala de medicação.
 
Com os insultos, a médica se sentiu coagida e se retirou do consultório. Com isso, o genitor da paciente tentou adentrar outro consultório coagindo outra médica, que estava realizando atendimento a outro paciente. A médica solicitou que ele aguardasse e que, assim que ela finalizasse o atendimento, atenderia a filha dele. Irritado, ele continuou a filmar e gritar pelo corredor da unidade. O genitor e a paciente evadiram da unidade sem realizar a medicação e os exames solicitados pela médica.
 
Na saída da unidade, a paciente encontra o irmão. Em conversa com o mesmo, eles decidem retornar com o pai e a mãe filmando e, com um chute, quebram a porta da UPA, segundo o relato do nosso agente de portaria.
 
Após esse episódio, o atendimento médico foi suspenso e a Polícia Militar (PM) foi acionada para resguardar a integridade física da equipe. Informamos que a médica registrou boletim de ocorrência contra a paciente e seus familiares.
 
É com imensa tristeza e indignação que o ISIBA expressa seu repúdio à violência e pede respeito à sua equipe de colaboradores que, todos os dias, se esforçam para garantir o atendimento de qualidade à população de Camaçari.”

Foto: Arquivo

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