Sesau faz alerta para crescente de casos de picadas por animais peçonhentos no município

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A Prefeitura de Camaçari, por meio da Secretaria da Saúde (Sesau), alerta que de janeiro a junho deste ano foram notificados 171 casos de pessoas picadas por animais peçonhentos no município. Os meses com maiores números de ocorrências foram abril, fevereiro e março, nessa ordem. O escorpião foi o principal responsável pelos acidentes notificados, seguido das serpentes, e de abelhas.

A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Monte Gordo foi o local em que mais foram registradas ocorrências de atendimento, seguida da UPA de Arembepe, e do Pronto Atendimento (PA) Dr. Artur Sampaio, localizado em Vila de Abrantes.

De acordo com o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da Sesau, os escorpiões podem ser encontrados em ambientes habitados pelos seres humanos, principalmente, perto de córregos, cemitérios, construções e linhas férreas. Eles se escondem próximos a residências, entulhos, embaixo de pedras, mato, lixo, tijolos, telhas, etc.

Dentro das casas, a atenção, em especial, deve ser na saída de esgoto, ralos e caixa de gordura, pois os escorpiões procuram locais escuros e se alimentam, principalmente, de baratas. Por isso, a importância de combater o aparecimento desses insetos, que se tornam atrativos para o animal.

Confira abaixo orientações sobre como agir para evitar acidentes com escorpião e como lidar caso seja picado pelo animal:

Como evitar acidentes: verifique cuidadosamente calçados, roupas, toalha e roupas de cama antes de usá-los; limpe periodicamente ralos de banheiro, cozinha e caixas de gordura; mantenha camas e berços afastados, no mínimo, 10 centímetros (cm) da parede; evite que lençóis toquem no chão; feche frestas nas paredes, móveis e rodapés para que não sirvam de esconderijo para os animais; use telas nas aberturas dos ralos, pias e tanques; e, caso esteja próximo a um escorpião, evite encostar a mão ou o pé nele.  

Como evitar a presença de escorpião: não deixe acumular lixo e/ou entulho nos quintais, jardins, terrenos baldios e ao redor das residências; evite a formação de ambientes favoráveis ao aparecimento do animal, como restos de obras, materiais de construção e terraplanagem, que possam deixar acúmulo de entulho, superfícies sem revestimento, umidade, etc.; coloque o lixo em sacos plásticos fechados para evitar baratas e outros insetos; mude, periodicamente, de lugar materiais de construção que estejam armazenados, e lembre-se de proteger as mãos com luvas grossas na realização deste trabalho; retire plantas ornamentais densas, arbustos e trepadeiras de paredes e de muros; elimine fontes de alimento para os escorpiões (baratas, aranhas, grilos e outros pequenos animais invertebrados); limpe terrenos baldios das redondezas dos imóveis ocupados; preserve os inimigos naturais, especialmente aves de hábitos noturnos, lagartos, sapos, etc.; mantenha jardins e gramados aparados e bem cuidados.

Como proceder em caso de acidente: as medidas devem ser adotadas de imediato e o tratamento instituído o mais rápido possível após o acidente; limpar o local com água e sabão; procurar atendimento médico imediato e mais próximo do local da ocorrência do acidente (UBS, USF, UPA, PA, e/ou hospital de referência); se for possível, capturar o animal e levá-lo ao serviço de saúde, pois a identificação do causador do acidente auxilia no diagnóstico; em alguns casos, o médico poderá indicar o uso de soro antiescorpiônico para tratar os acidentes; jamais pegar o animal com as mãos, mesmo que coberta por luvas de couro, toalhas, ou panos. Caso ele esteja no chão, deve-se usar a pá de lixo com uma vassoura e o colocar dentro de uma caixa de papelão ou plástico e ligar para o CCZ, através do telefone (71) 3634-5753; se ele estiver vivo, não matar; pode ser usada uma caixa de papelão com um peso para o caso de serpentes. Em seguida ligar para o CCZ para recolhimento do animal; se for mordido, picado ou ferroado informar ao técnico do CCZ. Nesse caso, a ferida deve ser lavada com água e sabão, e a pessoa deve procurar atendimento médico. Entrar em contato com o Centro de Informação Antiveneno da Bahia (CIAVE), que fica no Hospital Roberto Santos, pelo número 0800 284 4343. Vale ressaltar que um acidente por animais peçonhentos pode ser fatal ou mutilante (provocar perda de membros, como braços ou pernas). Então, procurar o serviço de saúde pode ser a diferença entre a vida ou a morte.

O que não se deve fazer em caso de acidente: não amarrar ou fazer torniquete no local da picada; não aplicar nenhum tipo de substâncias sobre o local da picada (fezes, álcool, querosene, fumo, ervas, urina), nem fazer curativos que fechem o local, pois podem favorecer a ocorrência de infecções; não cortar, perfurar ou queimar o local da picada; não dar bebidas alcoólicas ao acidentado ou outros líquidos como álcool, gasolina, querosene, etc. Pois, não têm efeito contra o veneno e podem agravar o quadro.

Foto: Divulgação

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