A Secretaria da Educação (Seduc) reuniu, na manhã desta segunda-feira (7/3), no Centro de Referência à Inclusão Escolar (CRIE), mães de alunos com deficiência para uma roda de conversa. Com a presença da secretária da pasta, Neurilene Martins, e da equipe técnica da Diretoria Pedagógica, o encontro oportunizou o compartilhamento de experiências, a captaçãode novas demandas e uma coleta de avaliações sobre a oferta do ensino público em Camaçari
Na ocasião, que também contou com a participação do vereador Gilvan Souza representando o Poder Legislativo, houve ainda a pactuação de um fórum permanente para consolidação de uma gestão cada vez mais participativa, gerando periodicamente colaborações para a formulação de propostas de qualificação para a educação no município.
Os relatos feitos pelas mães durante a roda de conversa possibilitaram a composição de um retrato das necessidades e acertos na entrega do serviço de educação para os camaçarienses. Uma das pautas do encontro foi a demanda por mais cuidadores, intensificada pelo crescimento significativo no número de alunos matriculados na rede pública municipal este ano. Sobre este requerimento, a secretária anunciou que novos profissionais de educação serão contratados, inclusive mais cuidadores e auxiliares de classe, por meio de concurso público e via Regime Especial de Direito Administrativo (REDA). Os procedimentos legais já foram encomendados e, em breve, os processos seletivos serão comunicados oficialmente, com informações sobre prazos e vagas.
Outras novidades foram anunciadas durante o encontro e foram recebidas com entusiasmo e esperança pelo “Clube de Mães”, como o grupo é chamado. A formulação, já em estágio avançado, de uma proposta de curso voltado para todos os profissionais de Educação no município, reunindo dicas e informações sobre o autismo, foi um dos anúncios mais comemorados pelas mães.
Para a secretária Neurilene Martins, a relevância do encontro transcende a oportunidade de manifestação e escuta, revelando-se um momento de aprendizado mútuo. “Essa escuta me permitiu perceber que vocês reconhecem a complexidade dessa situação. Todas as experiências relatadas referendam a constatação de que cada um desses alunos é diferente em sua forma de expressão. O consenso é que a escola precisa ser um lugar de acolhimento, mas isso também requer a compreensão de que os desafios de autonomia serão diferentes dos que são praticados em casa. Estamos falando de uma política sistêmica e da necessidade de construí-la juntos”, observou.
Todas as mães tiveram espaço para manifestar seus anseios e opiniões, a exemplo de Gilvaneide Souza, 30 anos, mãe de Athyla Miguel, de 5 anos, com autismo. “Acho que a Seduc acerta ao buscar essa relação com a sociedade, ouvindo e pautando suas ações com base em demandas reais, apresentadas diretamente por quem vivencia as dificuldades. Essa iniciativa me alegra muito e sinto que estamos no caminho certo”, avaliou.