Roda de conversa debate presença de Camaçari no 2 de Julho

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Reconhecer a participação de Camaçari nas lutas pela Independência da Bahia. Com este intuito, nesta quarta-feira (19/4) foi realizada pela Secretaria da Cultura (Secult) e pelo Conselho Municipal de Cultura, uma roda de conversa, conduzida pelo historiador Diego Copque, que apresenta uma nova visão histórica do município, especialmente para a discussão da sua inclusão nos festejos do 2 de Julho.

“A história negligenciou a participação de Camaçari, assim como de outros municípios da região. A população pobre, negra e indígena, que aqui vivia, participou ativamente desta luta. Inclusive, o município participou do primeiro centenário da independência, em 1923; e em 1930, foi inaugurado um obelisco em reconhecimento da participação de Camaçari na independência, que ficava na atual Praça Desembargador Montenegro. O monumento foi destruído e seu registro pode ser encontrado em fotografia que se encontra no Museu de Camassary”, conta Copque, que é pesquisador da história do estado. Em 2023, a Independência da Bahia completa 200 anos.

A proposta da roda de conversa chamou a atenção do advogado Juan Stefan Campos, que foi participar do evento. “Resgata a história da cidade e reforça o sentimento essencial da população, o de pertencimento, que é o que desperta o desejo de lutarmos pelos direitos da cidade. É um momento de redescoberta da história”, afirmou. Ele é representante da Comissão de Meio Ambiente, Mobilidade Urbana e Direito Urbanístico (Comandu) da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), subseção Camaçari.

A secretária da Cultura, Márcia Tude, destacou que o debate trazido foi enriquecedor. “A pesquisa de Diego Copque tem os embasamentos necessários para pleitearmos a inserção de Camaçari nas celebrações da nossa independência. A Secult está à disposição deste movimento importante”, disse.

Para o presidente do Conselho Municipal de Cultura e subsecretário da Cultura, Luciel Neto, o objetivo é a reparação histórica. “Diante da pesquisa, foi detectado que existe uma falha na narrativa da Independência da Bahia e estamos aqui para vermos as formas cabíveis para que esta omissão seja sanada, assim incluindo o município no circuito do fogo simbólico do 2 de julho”.

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