Período de defeso de várias espécies de peixes mobiliza ambientalistas e moradores de Busca Vida

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Ambientalistas e moradores do Condomínio Busca Vida (CBV), localizado em Camaçari, litoral norte da Bahia, estão sendo conscientizados sobre o período de defeso em todo o território nacional dos peixes caranha (Lutjanus cyanopterus), sirigado (Mycteroperca bonaci), garoupa-de-são-tomé (Epinephelus morio) e badejo amarelo (Mycteroperca interstitialis). Nesta época do ano, de agosto ao final de outubro, as atividades de pesca, caça, transporte, industrialização e comercialização dessas espécies ficam vetadas ou controladas visando a preservação das espécies, pois está havendo o período de reprodução.

De acordo com Marcelo Dourado, síndico-administrador do CBV, cada espécie tem um período determinado para entrar no defeso, pois seus ciclos reprodutivos mudam. “Por estar localizado em uma Área de Preservação Ambiental (APA), o Condomínio Busca Vida atua com o direcionamento de especialistas em diversas frentes, inclusive em âmbito marítimo”, explica.

Entre fevereiro e março, a depender das lunações, por exemplo, acontece o defeso do caranguejo-uçá (catanhão, caranguejo-verdadeiro ou uçaúna), espécie que corre muitos riscos na natureza, pois sua carne é muito apreciada na culinária e sua carapaça também é utilizada no artesanato, em cosméticos e na alimentação animal.

Durante o mês de abril, a preocupação é com o período do defeso de diversas espécies de lagosta, como a vermelha (Panulirus argus), a verde (Panulirus laevicauda) e a pintada (Panulirus echinatus). Neste período, ficam proibidos o transporte, o processamento e a comercialização para o mercado nacional destes crustáceos.

Já na alta estação, o foco se volta para a preservação das tartarugas marinhas, que procuram a localidade por ser silenciosa e escura, não ter um grande volume de banhistas e com batimento leve das ondas. A praia de Busca Vida é conhecida por ser um ambiente propício à reprodução e um excelente berçário natural e soltura da tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta), tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata), tartaruga oliva (Lepidochelys olivácea) e a tartaruga verde (Chelonia mydas), todas ameaçadas de extinção.

“É por esta razão que os humanos devem adotar uma série de cuidados, como manter a área escura ou com luzes adequadas, não deixar cadeiras, sombreiros e outros equipamentos fixos na areia, andar de coleira com os animais de estimação e não usar veículos na praia”, explicam os voluntários da Comissão de Meio Ambiente do CBV, que trabalham em parceria com a administração e biólogos do Projeto Tamar.

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