Um oficio emitido pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SEDUR) à Polícia Militar, obtido com exclusividade pelo Camaçari Alerta, dá indícios de como a operação foi planejada.
Por meio do documento a então secretária da pasta, Juliana Paes, solicita apoio policial para a retirada de “ocupações irregulares em área pública” na localidade Chácara do Rio de Jauá.
Nos dias 10 e 11 de abril, moradores da localidade foram surpreendidos pela operação, com pancadaria, tiros e tumulto. As cenas da violência foram registrados pela própria comunidade.
Ao Camaçari Alerta, os moradores disseram que não receberam nenhuma notificação ou mandado judicial e afirmavam que mantinham ocupação há mais de 20 anos na área particular, sendo inclusive, objeto de uma ação de posse que tramita na justiça.
“Não entendemos porque agentes da prefeitura acompanhavam a ação, já que estamos em área privada”, indagou uma moradora. Ela preferiu não ser identificada com medo de represália “todos aqui foram ameaçados de morte”, reforçou.
O caso ganhou repercussão nas redes sociais e na imprensa baiana. Os programas de TV: Balanço Geral e Cidade Alerta da Rede Record/BA noticiaram o desespero da comunidade por causa da operação. Em nota, a prefeitura afirmou à emissora que tratava de área pública.
O curioso é que após a desocupação, uma placa foi instalada no local com os dizeres “não entre. Propriedade particular, família Chiacchiaretta”.
Por Redação/AC
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