Na Bahia de 6 milhões de pessoas ocupadas 52,2% estão na informalidade” revela DIEESE na Sessão Especial dedicada ao Trabalhador

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A Câmara Municipal de Camaçari realizou, na manhã desta quarta-feira (03/05), a Sessão Especial em Homenagem ao Dia do Trabalhador, celebrado em 1º de maio. Internacionalmente, a data remonta à greve geral dos trabalhadores de Chicago, e que se estendeu por todo os Estados Unidos, culminando no massacre dos grevistas pelas mãos da polícia em Haymarket no 1º de maio de 1886. No Brasil a data é celebrada como dia do trabalhador desde 1924.

A sessão foi solicitada pelo vereador Dentinho do Sindicato (PT), que presidiu a atividade, dividindo a condução dos trabalhos com os vereadores Tagner (PT) e Vavau (PSB).

Em sua fala de abertura, o proponente da sessão mostrou-se esperançoso e com expectativa de dias melhores após a mudança no Governo Federal.

“O 1º de maio tem um gosto especial este ano, pois elegemos pela terceira vez um trabalhador como presidente do Brasil. Gostaria também de pedir ao governo municipal que valorize essa política de valorização do salário mínimo, de fortalecimento dos sindicatos e da geração de empregos pelo Brasil que está sendo trabalhada em âmbito federal”, destacou.

A sessão contou com a presença de diretores sindicais e trabalhadores da indústria do Polo Industrial de Camaçari. O primeiro convidado a utilizar a tribuna foi o coordenador da Unidade de Atendimento ao Trabalhador do SineBahia, Pedro Marcelino, que falou sobre a política de geração de emprego e renda desenvolvida pela Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte do Estado da Bahia (Setre).

Em relação à atuação de sua pasta pelo Estado, Marcelino ressaltou que o SineBahia está espalhado por toda a Bahia, uma vez que possui 120 unidades distribuídas em 102 municípios entre 26 territórios de identidade.

Após sua fala, usou a tribuna o diretor do Sindiquímica Bahia e da CUT/BA, Alfredo Ferreira, que destacou a necessidade de se debater o modelo de industrialização ideal para o país. “Precisamos discutir o modelo de industrialização que queremos. Pois é papel do Estado e do município dialogar com aquilo que é importante para a classe trabalhadora. Que as isenções que as indústrias ganham não sejam apenas para aumentar sua margem de lucro, mas que venham atreladas à contrapartida social, que não se limita, mas que passa pela garantia de postos de trabalho, de emprego e renda, e da seguridade”, opinou.

Por sua vez, a supervisora técnica do Instituto DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) na Bahia, Ana Georgina, falou sobre o fato da Bahia estar sempre nos primeiros lugares na taxa de desocupação no país, estando atualmente em primeiro lugar.

“O desemprego tem caído porque as pessoas estão criando suas próprias estratégias de trabalho, sem nenhum tipo de proteção social, que é um direito. Em termos mais claros, na Bahia temos 6 milhões de pessoas ocupadas, sendo 52,2% trabalhando na informalidade. São trabalhadores e trabalhadoras que não podem adoecer ou se acidentar, pois não tem nenhum tipo de proteção que os beneficie”, salientou.

Também utilizaram a tribuna o advogado trabalhista do Sindquímica, Clériston Bulhões; o presidente do Sindborracha de Camaçari, Josué Pereira; e a diretora do Sindicato dos Professores da Rede Pública Municipal de Camaçari (Sispec), Ana Carla.

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