O peemedebista Geddel Vieira Lima pediu demissão do cargo de ministro da Secretaria de Governo em novembro de 2016, após denúncias de tráfico de influência no Governo Temer. Na ocasião havia acirrado briga interna com o ministro da Cultura, Marcelo Calero, após ser acusado de pressioná-lo para liberar um empreendimento imobiliário em Salvador, o qual Geddel tinha um apartamento.
Mesmo sem cargo governamental, Geddel mantinha relações fortes com o Presidente da república, era tido como homem de influência e confiança de Temer, o que veio à tona na delação premiada de Joesley Batista, em maio deste ano. Em gravação, o empresário disse a Temer a certa altura da conversa que havia perdido contato com Geddel diante das investigações que o envolviam. Temer demonstrou preocupação: “— É complicado, tem que tomar cuidado”, disse.
Geddel Vieira Lima foi preso nesta segunda (3) acusado por obstruir a justiça, agindo para atrapalhar as investigações da Operação Cui Bono, que apura fraudes na liberação de crédito da Caixa Econômica- ex-ministro foi vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa entre 2011 e 2013. Fator principal do mandado de prisão (decisão) expedida pelo Juiz Federal Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal.
A suspeita em atrapalhar as investigações tentando evitar as delações de Eduardo Cunha e Lúcio Funaro.
Conversas registradas em um aparelho de telefone apreendido na casa do então deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e da esposa de Luciano Funaro fazem parte das provas que envolvem o peemedebista baiano.
Como não exerce mandato político, e não ocupa mais o ministério, Geddel deixou de ter a prerrogativa de foro privilegiado, ou seja, direito de ter procedimento jurídico especial pelo cargo que exercia, e ser julgado por instancias Superiores da Justiça. Isso quer dizer, que agora o processo poderá ser encaminhado para o juízo de 1ª instancia.
Por redação/Camaçari Alerta