Ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) é preso pela Polícia Federal

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O ex- ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) foi preso no fim da tarde desta segunda-feira (3)na Bahia, pela Polícia Federal preventivamente. Ele é suspeito de tentar obstruir investigações sobre irregularidades na liberação de recursos da Caixa.

Os investigadores afirmam que o ex-ministro Geddel Vieira Lima tentou evitar que o doleiro Lúcio Funaro e o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha presos pela Lava Jato, fizeram acordo de delação premiada; e que Geddel procurou várias vezes a mulher de Funaro.

Novos elementos apontados na investigações deixam claro que Geddel continua agindo para obstruir as apurações de crimes. Ele está sendo investigado na Operação Cui Bono, deflagrada em janeiro, que apura irregularidades na liberação de recursos da Caixa.

No pedido, o Ministério Público Federal disse que a prisão é necessária como proteção à ordem pública e à ordem econômica, contra novos crimes em série que poderiam ser cometidos por Geddel. A prisão tem caráter preventivo.

Outros motivos também foram listados pelo juiz o qual expediu mandado de prisão (leia a decisão na integra). De acordo com o magistrado, Geddel – mesmo após sair do cargo de vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal – continuou a interferir no banco indevidamente, usando sua influência política em negociações ilícitas em desfavor da empresa pública.

O juiz lembrou ainda que, em depoimento, Lúcio Funaro também disse que Geddel teria recebido aproximadamente R$ 20 milhões em espécie a título de propina pela atuação no esquema ilícito. Dinheiro que não foi localizado até hoje, e que pode ter sido escondido escamoteado.

Na nota, divulgada na noite desta segunda, a defesa de Geddel manifestou “incompreensão” sobre a prisão do ex-ministro. O advogado afirma que, mesmo diante da “ausência de relevantes informações”, o juiz “laborou em erro”.

“Dessa forma, acabou por não considerar que, desde o momento em que o Senhor Geddel Vieira Lima se viu injustamente enredado no bojo da “Operação Cui Bono”, colocou-se à disposição das autoridades constituídas, para apresentar os documentos que lhe fossem solicitados, assim como comparecer a todos os chamados que eventualmente lhe fossem formulados, inclusive abrindo mão dos seus sigilos bancário e fiscal, assim como do seu passaporte”, disse o advogado por meio de nota.

 

Por Redação/CA

 

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