O Dia de Reis, tradição cristã, celebra no dia 6 de janeiro a visita dos três Reis Magos ao Menino Jesus. A data é marcada por manifestações culturais, como Terno de Reis, que o Grupo Espermacete há 28 anos mantém vivo em Barra do Pojuca, Costa de Camaçari.
Em mais um ano, nesta sexta-feira (6/1), o festejo realizado pelo grupo, com apoio da Secretaria da Cultura (Secult), levou às ruas da localidade muito samba de roda, além das fantasias típicas.
Para a mestra do Espermacete, Nildes Bonfim, a celebração resgata raízes e tradições. “Uma herança deixada pelos meus avós e que continuamos realizando para que se perpetue. Há três meses viemos nos preparando para hoje, juntamente com outros grupos, levar alegria à população”, afirmou.
Na oportunidade, o vice-prefeito José Tude ressaltou que o festejo é um momento nostálgico. “Recordo com emoção da comemoração do Dia de Reis, um evento tradicional muito bonito. É encantador ver, especialmente, a participação das crianças, já que é a geração que passará esta manifestação popular adiante”, pontuou.
A Folia de Reis, como também é chamado, abriu o ciclo de eventos populares de 2023 do município e percorreu um trajeto da Rua Filogônio Gomes de Oliveira até a igreja da localidade. Participaram ainda o Grupo Eremin de Parafuso, Pai Rychelmy Esutobi, Aurino Pelé, Dagula Capoeira, Diogo e Lanna, e Pincel.
Morador da cidade baiana de Itaetê, André Santos está em Camaçari a passeio e aproveitou para prestigiar a festa. “É a primeira vez que vejo o Terno de Reis e achei bem legal, principalmente pela valorização da cultura”, disse.
A titular da Secult, Márcia Tude, destacou o significado do evento. “Aqui celebramos o nascimento do Menino Jesus. Juntos com a comunidade de Barra do Pojuca, reforçamos nosso compromisso com a cultura da localidade”, disse a gestora.
Além de marcar o encerramento das comemorações do Natal, sinalizando o momento de desfazer a árvore natalina, os enfeites e presépio, o Dia de Reis relembra quando os Reis Magos, guiados por uma estrela, encontraram Jesus Cristo 12 dias após o nascimento, em Belém. Eles levavam ouro, incenso e mirra como presentes. A celebração da data foi trazida ao Brasil pelos portugueses durante a colonização.
Ainda prestigiaram o Terno de Reis, o secretário do Desenvolvimento Econômico, Waldir Freitas, e o subsecretário da Cultura, Luciel Neto.