Com a proximidade dos festejos juninos, a Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil de Camaçari (Compdec) alerta a população de Camaçari quanto ao uso de fogos de artifício, o cuidado ao acender fogueiras e a proibição ambiental de soltar balões. Segundo o órgão, as queimaduras pelo manuseio inadequado de artefatos pirotécnicos prevalecem como causas do aumento de ocorrências em unidades médicas do município durante o período.
Ivanaldo Soares, coordenador do órgão, enfatiza a necessidade de cuidados, frisando a orientação. “A Defesa Civil reforça que nesse período junino a população colabore e não solte balões. Nós temos várias indústrias localizadas em Camaçari e isso só intensifica o perigo que eles oferecem”, alertou, citando que o ato é crime ambiental, previsto no artigo 42 da Lei 9.605 de 12 de fevereiro de 1998. Segundo o dispositivo legal, a pena de detenção varia de um a três anos ou multa, ou ambas cumulativamente.
Por outro lado, são as queimaduras, decorrentes de acidentes com fogos de artifício, a ocorrência mais comum durante os festejos juninos. O coordenador da Compdec orienta que a classificação indicativa do grau de pólvora dos fogos seja observada. Ela vem indicada nas embalagens dos artefatos, e variam de A até D, sendo a categoria A, aquela que oferece o menor grau de risco, e a D o maior.
Os fogos da classe A são aqueles de menor ou sem estampido, como estrelinhas, chuvinhas, traques de massa. Possuem até 0,2g de pólvora em sua composição. Os da classe B, aqueles fogos de estampidos e assobios, devem ser adquiridos por maiores de 16 anos, e possuem até 0,25g de pólvora. Os da classe C, como rojões e vulcões, só podem ser vendidos para maiores de 18 anos, e possuem de 0,25g a 6g de pólvora. Já o manuseio de fogos classe D é recomendado somente por pessoas habilitadas, dado o grau de perigo que oferecem. Possuem mais de 6g de pólvora em sua composição. São as peças pirotécnicas presas em armações, fogos com calibres maiores, salva de tiros e afins.
A Compdec alerta para que o manuseio de fogos da classe C em diante, por serem os que demandam mais atenção e cuidado, não deve acontecer próximo à fiação elétrica, muito próximo às residências ou mesmo embaixo de árvores e a pessoa que está manuseando direcione o fundo do artifício para uma direção que dê segurança a seu corpo. Para os da classe D, soma-se o cuidado de firmar a base do artefato de modo seguro, para que o mesmo não mude de posição durante sua queima, e atinja casas, pessoas, ou mesmo animais que estejam nas imediações.
Ao acender fogueiras no asfalto, a Compdec destaca a necessidade de uma camada grossa de areia separando o revestimento da via das toras de madeira, para que não haja deformação do piso. E, sobre balões, são terminantemente proibidos, seja na costa ou na sede de Camaçari. Estes são vetores potenciais de incêndios de grandes proporções, que podem causar sérios prejuízos ao meio ambiente.
Se mesmo com todos os cuidados acontecer um acidente, a Compdec orienta que na situação de queimaduras a área seja lavada com água corrente, e a vítima conduzida à unidade de saúde mais próxima. Em caso de mutilação, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) deve ser imediatamente acionado pelo 192. A Defesa Civil orienta ainda, que nessas situações nunca se faça torniquetes ou similares com o objetivo de reduzir a circulação sanguínea, devido ao risco de gangrena. Nesses casos, a Coordenadoria orienta que seja colocado um pano limpo por cima, pressionando levemente o ferimento.
Órgãos como o Corpo de Bombeiros, acionado pelo 193, ou mesmo a Defesa Civil, disponível no tridígito 199, ou pelos números (71) 3622-7799, 3622-7755, ou 99981-4136, também estão qualificados para prestar atendimento e auxiliar na resolução do problema.
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