Integrar a sociedade no processo de revisão do Plano Emergencial Municipal de Camaçari (PEMC), documento que reúne estratégias de prevenção e redução de danos em possíveis situações de emergência na cidade. Este foi o objetivo da audiência pública promovida pela Câmara de Vereadores de Camaçari na manhã desta quarta-feira (4/8), discussão que reuniu autoridades de segurança e de gestão, além de garantir espaço para a manifestação popular.
A audiência pública ocorreu no Plenário Osvaldo Nogueira e foi presidida pelo vereador Deni de Isqueiro (DEM), proponente do debate que visa identificar a necessidade de ajustes no Plano Emergencial elaborado no ano de 2019. A atividade foi restrita ao público, mas a população acompanhou a transmissão ao vivo nas redes sociais oficiais da instituição e através da TV Câmara. A interação com os cidadãos se deu através do WhatsApp, por meio do envio de questionamentos e sugestões.
A primeira explanação técnica ficou por conta do coordenador da Defesa Civil de Camaçari, Ivanaldo Soares, que falou sobre a importância de um planejamento integrado para uma atuação eficiente em uma eventual situação de emergência. “Temos que estar prontos para minimizar riscos em um cenário indesejado. Por isso é importante que haja uma sala de crise que concentre a missão de instaurar a normalidade social. E isso só é possível com planejamento”, afirmou, antes de citar as atribuições da Defesa Civil e agradecer à Casa Legislativa por oportunizar este debate.
Ao fazer uso da palavra, o coordenador adjunto da Defesa Civil do Estado da Bahia, Vitor Alexandre Gantois, sistematizou pontos de destaque que devem ser considerados na formulação de um plano de emergência. “Essa construção deve considerar quatro pressupostos importantes: a preparação, envolvendo a identificação de áreas de risco e o estudo das estratégias de atuação; a prevenção, que busca evitar o desastre; a otimização da resposta, que inclui a identificação direta dos órgãos que devem ser acionados; e o trabalho de reconstrução, que deve ser feito já sob a ótica da prevenção”, explicou.
A relação de palestrantes ainda contou com nomes como o superintendente de Segurança e Meio Ambiente do Cofic, Aurinézio Barbosa; o major Allan Urbano, do 10º Grupamento do Corpo de Bombeiros; o tenente coronel André Cunha, comandante do 12º Batalhão da Polícia Militar; o major Moisés Travessa, comandante da Cipe-Polo; o coordenador do Setor de Inteligência da 26ª Delegacia (Vila de Abrantes); e o secretário de Relações Institucionais de Camaçari, José Matos.
No momento dedicado à interação com o público, os palestrantes responderam perguntas feitas pelos cidadãos. Um dos questionamentos foi feito pelo internauta Roberto Lima, que quis saber quais secretarias municipais seriam acionadas em uma situação de desastre natural. O coordenador Ivanaldo Soares explicou que a situação pode implicar na necessidade de acionar todas elas, desde a utilização de maquinários pesados cujos contratos são administrados pela Secretaria de Infraestrutura (Seinfra), até o atendimento às pessoas impactadas, com a assistência das secretarias de Desenvolvimento Social e Cidadania (Sedes) e de Habitação (Sehab), por exemplo.
Os vereadores também teceram comentários sobre a importância do plano emergencial e de sua atualização periódica, como é o caso do parlamentar Ivandel Pires (Cidadania). “Agradeço aos presentes pelas informações passadas ao nosso público e fico feliz em perceber o preparo dos nossos órgãos. A explanação do Cofic sobre a situação no Polo. O trabalho das polícias. Precisamos trazer a cultura da prevenção pra população de Camaçari, levar esse plano para as salas de aula”, sugeriu.