ALERTA: Jovem de Camaçari se torna dependente por jogo de aposta virtual e acumula prejuízos e problemas psíquicos.

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O que parecia uma brincadeira entre amigos se tornou um tormento e pesadelo na vida de um jovem morador de Camaçari. O nome não será revelado por motivos de represália. O rapaz de 26 anos, nesse últimos 12 meses acumulou mais de 30 mil em dívida de empréstimo que tomou a terceiros para alimentar o vício.

Inicialmente o jogo instalado no aparelho do celular por meio de aplicativos promete ganhos rápidos e lucrativos com apostas. No início, o jovem chegou a ganhar até 10 mil em apostas, numa única vez, mas também tempos depois se viu perdendo mais que isso. A vontade de recuperar o dinheiro perdido e a fixação de lucrar ainda mais com os possíveis acertos, provou um descontrole emocional e psíquico no ex-funcionário público. Sem interesse para desenvolver as tarefas, o jovem pediu para sair do emprego, e sem dinheiro para custear os jogos virtuais, começou a pedir empréstimos a todos que lhe davam um mínimo de confiança. Para cativar as pessoas, várias histórias eram contatas e por causa de sua reputação e família era difícil não cair na conversa do jovem.

Hoje, ele é motorista de aplicativo em outra cidade e tentar levantar os recursos para pagar os devedores que começaram a cobrar as dívidas aos seus familiares. Por ter tido várias crises de ansiedade e surtos psicóticos chegou a ser atendido no CAPS e orientando a procurar ajuda psiquiátrica.

Como saber se uma pessoa é viciada em jogos?

Através de alguns comportamentos é possível chegar a reconhecer se uma pessoa é viciada em jogos. Muitas vezes os sinais são bem parecidos com os de outros vícios e compulsões, sendo difícil não perceber a mudança de comportamento.

A perda de controle é um dos principais sinais que repercutem no hábito de jogar. Quando a pessoa fica sem jogar, por exemplo, pode ter sintomas de abstinência, como ansiedade e irritabilidade, além de mau humor e depressão.

E com isso, a pessoa que possui vício em jogos tenta parar mas não consegue, e busca a todo custo esconder a sua prática. A pessoa negligencia totalmente a sua vida, em função do jogo, isolando-se de outras atividades, prejudicando o seu tempo e energia.

Perceba como são comportamentos muito semelhantes aos viciados em drogas.

Como ajudar uma pessoa viciada em jogos virtuais

Quando se percebe a necessidade, em que a pessoa já ultrapassou o limite, e assim começa a manifestar os sintomas falados no tópico anterior, uma avaliação médica precisa ser realizada, e com o possível diagnóstico, um tratamento correto deve ser iniciado.

Um viciado muitas vezes não reconhece seu problema e por isso, pode acabar sendo um grande desafio convencê-la de que precisa de ajuda para parar de jogar.

Por conta disso, todo o apoio e compreensão são necessários por parte da família e amigos, para que o diálogo e confiança sejam estabelecidos nesse momento. 

O médico psiquiatra é o profissional que irá fazer a correta avaliação do paciente, e se diagnosticada, alguns métodos de tratamento como a psicoterapia e grupos de apoio por exemplo podem ser prescritos.

 Estes métodos podem auxiliar a pessoa a viver de modo mais saudável, livre da compulsão por jogos que tanto prejudicam a sua vida e saúde.

 Quais são os tratamentos para vício em jogos?

Os tratamentos e métodos dependem e muito do nível de gravidade e da própria personalidade da pessoa. 

A psicoterapia cognitivo-comportamental se refere a um dos principais métodos utilizados nesse caso.

Além disso, grupos de apoio de pessoas que sofrem com o mesmo problema, também podem ser indicados, pois o compartilhamento de experiências de vida e de superação representam um suporte nesse momento.

Medicamentos também podem ser prescritos pelo médico psiquiatra em alguns casos, pois ajudam a diminuir alguns sintomas como a compulsão e os sintomas desagradáveis da abstinência. 

Vale lembrar que mesmo com o tratamento, a pessoa com vício em jogos possui riscos de recaída, por isso a importância da continuidade do acompanhamento de seu tratamento.

Redação CA/ Informações: Grupo Recanto

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