Pré-candidato ao governo do estado afirma que o estado enfrenta um ”banditismo desenfreado” e que gestões petistas só procuram ”culpados e desculpas”
O pré-candidato a governador ACM Neto (União Brasil) voltou a criticar nesta terça-feira (10) a condução da segurança pública na Bahia após a onda de violência nos últimos dias, em especial no final de semana, com a morte de três policiais, e afirmou que ”essa realidade só vai mudar se o PT sair do poder na Bahia”. Em entrevista ao programa Nova Manhã, da rádio Nova Brasil FM, Neto reafirmou a necessidade de investimentos no setor, como o aumento do efetivo policial e investimentos em tecnologia, o que deixou a desejar em 16 anos de gestões petistas.
“Essa é uma guerra perdida pelo PT. E essa realidade só vai mudar se o PT sair do poder na Bahia, não tem outro caminho”, ressaltou. “Os quatro governos do PT na Bahia perderam essa guerra. Estão derrotados pelo crime organizado. E o que fazer? Antes de tudo, mudar a forma como enfrentaram o problema ao longo desses 16 anos. Passaram esse tempo todo procurando culpados e desculpas, transferindo a responsabilidade. Só sabem dizer ‘ah, é um problema nacional’. Qual é, meu amigo? Chega de justificativa. É um problema nacional, mas temos muitos estados do Brasil reduzindo a violência, botando bandido na cadeia”, completou ACM Neto.
ACM Neto repercutiu as mortes do soldado Alexandre Menezes, assassinado na noite de sábado (07), em Águas Claras, e dos policiais Vitor Ferreira Cruz e Shanderson Ferreira, baleados em Cajazeiras quando retornavam do enterro do colega. Ele lamentou o episódio, que caracterizou como um “banditismo desenfreado”: “Antigamente, para que os baianos tivessem notícia a respeito de Comando Vermelho, de PCC, dessas facções criminosas, precisavam ligar o rádio ou a televisão para acompanhar o que estava ocorrendo em São Paulo ou no Rio de Janeiro. Porque essa era a realidade do Sudeste ou do Sul do país. Hoje, infelizmente, não precisa mais disso: as coisas estão ocorrendo aqui, na Bahia”.
O pré-candidato ao governo apontou que, em muitos bairros das grandes cidades baianas, a exemplo de Salvador, a polícia sequer pode entrar, pois o crime está mais organizado e aparelhado do que a força do estado. “Você vai para o interior e a realidade não é diferente, 293 municípios da Bahia hoje têm apenas dois policiais, que trabalham em esquema de revezamento. Muitos não têm nem delegado titular, com a viatura parada na porta, porque não têm combustível para abastecer”, lembrou ACM Neto.
Neto pontuou que, para oferecer mais segurança à população, é preciso fazer investimentos em diversas frentes da segurança pública. “Para mudar essa realidade será preciso contratar mais policiais. Hoje, temos um déficit grande na tropa. Remunerar melhor os policiais, dar condições de trabalho melhores, trazer mais tecnologia e inteligência. Infelizmente, quando o assunto é segurança pública, nesses 16 anos, só procuraram tirar o braço da seringa. Se tiver oportunidade de ser governador, vou encarar o problema e buscar solução. Não vou empurrar pro lado, dizer que a culpa é do outro. É preciso mudar de postura”, disse o pré-candidato.