O reality Big Brother Brasil ganha fama da casa mais vigiada do país por ter 11 cameras espalhadas pelo ambiente vigado 24 horas. Nas últimas edições participantes anonimos se misturam ao confinamento com pessoas ilustres, famosos do meio artístico e da Internet. E com tanta diversidade de cultura, gêneros, formação e jeito o que não falta é treta. Um jogo que vem ultrapassando os paredões da rivalidade e partindo para o campo da ofensa, preconceito, discriminação, injuria, racismo e tantos outros assuntos que tem pautado as discussões aqui fora.
Nesta semana, um comentário do cantor sertanejo Rodolffo a respeito do cabelo crespo do professor João Luiz, durante o “BBB 21”, dividiu o Brasil. De um lado, a parcela que notou o viés racial e manifestou repúdio à atitude racista. De outro, a que não viu maldade na aparente brincadeira e classificou a cena como “mimimi”. O caso repercutiu nas redes socais, e muitos foram em defesa de João, tratando a questão do cabelo afro, como algo de perseguição histórica.
O presidente nacional do Democratas, ACM Neto foi um dos poucos políticos que percebeu a gravidade do fato que vem tomando conta de um programa de entretenimento, e em suas redes socais fez questão de dizer : “a discussão sobre racismo, machismo e homofobia não pode ficar só no BBB”. O ex-prefeito de Salvador afirmou ainda que ” num país ainda tão marcado por desigualdades, essas pautas precisam, mais do que nunca, ser tratadas como prioridade pelo poder público. Como prefeito, sempre me comprometi em promover a igualdade através de ações afirmativas e políticas de reparação”, lembrou encerrando o texto reafirmando um compromisso com essa questão. ” E, agora, como presidente do @democratas, reafirmo esse compromisso com a criação do Núcleo da Diversidade, um espaço para discutir, questionar e pensar em ações de combate a todo e qualquer tipo de preconceito”.
No vídeo, Neto anuncia o lançamento em primeira mão do Democratas Diversidade. ” O objetivo deste grupo é nos ajudar a discutir, a debater e a elaborar politicas públicas que tragam um compromisso nacional, cada vez mais firme e inafastável com a inclusão. Fiz muito aqui em Salvador, como prefeito no campo da reparação racial, politicas públicas em favor da galera do LGTB, da proteção as mulheres, do apoio para pessoas com deficiência, esta deve ser também uma missão nacional, das politicas pela diversidade, pela igualdade, pela reparação, o Brasil não dá para fechar os olhos, fechar às costas. Precisamos combater o preconceito e promover a diversidade” destaca.
Por Carluze Barper – Jornalista