Desde que soube da possível suspensão do Regime Especial da Industria Química (REIQ), o presidente da Câmara de Camaçari, vereador Junior Borges adotou uma agenda intensa de articulação política para fortalecer a discussão e barrar o fim do REIQ, um instrumento que garante um pacote fiscal para as empresas deste segmento.
Encontros com o
prefeito de Salvador Bruno Reis, vereadores e com a imprensa da capital baiana, tem sido alguns dos avanços na atuação do chefe da Casa Legislativa de Camaçari para ampliar ainda mais o apoio; o que tem colocado o município numa posição de destaque sobre o fortalecimento do debate em torno do REIQ.
“Estamos construindo um diálogo de extrema importância para impedir o fim do REIQ. Hoje estive com os chefes do Executivo e Legislativo de Salvador Bruno Reis e Geraldo Junior, e os vereadores Dílson Magalhães, Gilvan Souza e Dudu do Povo”, destacou em visita realizada no último dia 3 de junho.
Uma agenda positiva definida ainda no final de maio, quando foi realizada pelo presidente uma Audiência Pública sobre o tema. Na oportunidade Junior Borges reuniu vereadores, sindicalistas, representantes do Cofic e do Governo para tratar sobre os impactos com o fim do REIQ, entre eles estão o fechamento de indústrias por perda de espaço no mercado e consequentemente falta de empregos, inclusive em Camaçari.
Ao Camaçari Alerta, o presidente disse que “a suspensão do Regime Especial significa o aumento considerável de impostos para indústria química, o que é desnecessário devido ao atual momento que o Brasil vem enfrentando, de desaquecimento econômico e desemprego recorde”.
Na ocasião, o presidente da Câmara de Vereadores de Salvador Geraldo Junior que esteve presente firmou o compromisso de fazer parte da comissão liderada por Junior Borges em prol da manutenção do REIQ. E assim tem feito. Na semana passada, visitaram juntos o prefeito de Salvador, Bruno Reis, concederam entrevistas a programas de repercussão estadual e nacional como o Balanço Geral, Brasil Urgente e ao Portal Bahia Notícias.
“Agradeço ao meu amigo Geraldo Junior, por se preocupar junto conosco com os reflexos que a perda do REIQ trará para a população”, destacou Junior Borges em suas redes sociais.
E nesta segunda-feira (7/6), a visita do presidente ao programa de Televisão de Salvador, já dá uma prévia de que a semana será mais uma vez agitada. Ao apresentador Pablo Reis do Linha de Frente, da TV Aratu, a pauta foi indústria e o potencial econômico de Camaçari.
“Dialogamos sobre o desafio do setor industrial e a vocação turística dos 42km de praia do município de Camaçari. Sigo buscando melhores oportunidades para a nossa gente”, pontuou em suas redes sociais.
IMPACTOS DIRETOS
A revogação do REIQ é uma proposta da Medida Provisória, 1034 de março deste ano de autoria do Governo Federal. Como já foi publicado pelo Camaçari Alerta, em números, de acordo com a Fundação Getúlio Vargas, que fez um recente levantamento, com o fim do REIQ, o setor deixará de produzir entre R$ 2,7 bilhões (cenário favorável) e R$ 5,7 bilhões (cenário base), o que fará com que a produção total da cadeia se reduza em cerca de R$ 11,5 bilhões por ano.
Quando se refere ao efeito-renda e redução do PIB, emprego e arrecadação na economia, a FGV revela que “considerando os efeitos sobre a renda e o emprego, a perda seria de R$ 5,5 bilhões anuais no PIB e mais de 85 mil postos de trabalho, além de uma redução de R$ 3,2 bilhões na arrecadação do País.
Só na Bahia a uma previsão é de que 10 mil empregos diretos sejam afetados, uma vez que as empresas deixem te der os incentivos do Regime.
A Medida Provisória para a revogação do REIQ pode ser votada a qualquer momento, e por isso, de acordo com a assessoria de comunicação da Câmara, “ainda esta semana, o presidente Junior Borges estará marcando agenda em Brasília, para que junto com uma comissão possa sensibilizar deputados e senadores, quanto a importância de manter o Regime Especial da Industria Química.
Carluze Barper – Jornalista
