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Após um período de queda e estabilidade na curva epidemiológica da COVID-19 em Camaçari, a situação volta a ficar preocupante na cidade com base no crescimento de novos casos e ocupação de leitos.
A Secretaria de Saúde informa que na última semana foram confirmados 292 novos casos. E a ocupação de leitos clínicos e leitos de UTI encontra-se em 100% nesta terça-feira (01/6) e com quatro pacientes na fila de espera. Há 20 dias esse quadro era bastante diferente onde os leitos clínicos tinham ocupação média de 40% e UTI de 75% e não havia nenhum pedido por leitos na fila de espera.
Secretário de Saúde, Elias Natan alerta mais uma vez a população. “Mesmo quando estávamos com um quadro de relativa estabilidade eu já vinha ressaltando a necessidade de evitarmos aglomerações, usarmos a máscara e o álcool em gel. Não podemos vacilar em nenhum momento, senão o cenário que vivemos no pico da segunda onda acontecerá de novo numa terceira onda ainda maior”, afirma.
Elias Natan chama a atenção para o fato de que, “em apenas 20 dias o cenário mudou completamente. A aparente estabilidade acabou e começamos a subir em número de casos e ocupação de leitos. Enquanto não tivermos uma vacinação em massa precisamos manter todas as ações preventivas. Inclusive quem já se vacinou”.
Até a segunda-feira (31/5) já foram vacinados em Camaçari com a primeira dose 48.037 pessoas e com a segunda dose 18.361 pessoas. “Para criar uma barreira epidemiológica e assim conter o avanço do vírus precisamos ter vacinado 60% a 80% da nossa população. E a quantidade insuficiente de doses que temos recebido tem atrapalhado. A Sesau está preparada para atingir essa meta este ano, desde que recebamos vacinas suficientes”, destaca o secretário de saúde.
Com a chegada no mês dos festejos juninos, mesmo com o Camaforró suspenso e outras tradicionais festas juninas na Bahia, a preocupação dos órgãos de saúde é grande. “Precisamos muito da ajuda da população não realizando festas clandestinas ou festas juninas com aglomerações inclusive em suas casas. Não podemos vacilar. É muito complicado conter o avanço do vírus quando temos bares e restaurantes lotados onde as pessoas não mantém nenhum distanciamento social. Imagina então se as pessoas se aglomerarem em festejos juninos”, ressalta Alcione Vasconcelos, diretora da Vigilância à Saúde de Camaçari.