RESPOSTA: Associação dos Magistrados Baianos repudia declarações do advogado Felisberto Códova sobre juízes do TJBA

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Depois de denunciar em audiência e reiterar durante entrevista a vários meios de comunicação, o caso de propina envolvendo o desembargador Eduardo Gallo, relator de uma ação milionária no Tribunal de Justiça de Santa Catarina, o advogado Felisberto Córdova se envolveu em nova polemica, agora com os juízes baianos.

“Nós conhecemos os tribunais, como o da Bahia, que são podres inteiramente. Talvez, não tenha 10% de juiz honesto lá dentro”, disse na última sexta-feira (4) em entrevista à Rádio CBN Diário.

As acusações pautaram a imprensa e tomaram conta das redes sociais. Em resposta neste sábado (5), a associação dos magistrados baianos considerou a declaração do advogado “irresponsável”, e publicou uma nota de repudio contra o advogado.

Leia na íntegra:

NOTA DE REPÚDIO

A Associação dos Magistrados da Bahia (AMAB), entidade que congrega os juízes e desembargadores da Justiça estadual, apresenta esta nota de repúdio em função de insinuações de cunho difamatório feitas pelo advogado catarinense Felisberto Odilon Córdova contra a magistratura baiana. As declarações, prestadas durante entrevista à Rádio CBN, de forma irresponsável, mostram desequilíbrio e preconceito.

Sem apresentar dados concretos ou informações comprobatórias de suas declarações, e no intuito de minimizar o afronte cometido contra o Tribunal de Justiça de Santa Catarina, o advogado faz comparações abstratas com o Tribunal de Justiça da Bahia e generaliza agressões, de forma gratuita, aos magistrados baianos. Sua afirmação tentar apontar superioridade ética e profissional dos juízes catarinenses contra os baianos, e mostra, de forma desrespeitosa, atitude preconceituosa não apenas contra o Judiciário do nosso estado mas a toda a população da Bahia.

Os magistrados baianos, mesmo enfrentando sérias dificuldades estruturais, apresentam alta produtividade, com uma média, por ano, de 1.152 processos finalizados por cada juiz. Em um ano, os magistrados do estado baixaram 675 mil processos, com 526 mil sentenças. Ouvir ilações de um profissional do Direito que pouco conhece nosso estado e nosso cotidiano causa tristeza e indignação.

A AMAB, em nome dos magistrados baianos, tomará as medidas jurídicas cabíveis e exigirá do advogado a comprovação das suas afirmações, apontando nomes e ilegalidades que fundamentam suas declarações. É preciso passar a limpo o fato, em respeito a todos os juízes sérios, éticos e trabalhadores que atuam neste estado.

Freddy Pitta Lima /Presidente da AMAB

 

por Redação/ Camaçari Alerta

 

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