Na manhã desta quinta-feira (04/6), a Secretaria da Saúde (Sesau) de Camaçari, realizou teste para a Covid-19 em 50 cidadãos atendidos pelo Centro de Referência Especializado para Pessoas em Situação de Rua (Centro POP) de Camaçari. Desde o início da semana, a pasta tem realizado a testagem rápida em diferentes localidades do município com o objetivo de identificar de forma mais imediata a proliferação do vírus.
O Secretário da Saúde, Luiz Duplat, acompanhou a ação de perto. “A população de rua, além de ser a mais vulnerável, transita por toda cidade. Então, podemos ter casos assintomáticos entre eles também. Daí a importância de realizar esta ação. Tanto para dar todo suporte necessário a possíveis casos confirmados como para monitorarmos o contágio entre eles”.
Enfermeira sanitarista e coordenadora da área Técnica de Tuberculose e Hanseníase, Ana Iara Carneiro, explica que, “nós já realizamos um trabalho muito próximo à população em situação de rua sobre tuberculose e hanseníase. E agora estamos mais próximos ainda com essa situação da Covid-19”.
Psicóloga do Centro POP, Rejane Magalhães, destaca que desde o primeiro momento a prefeitura tem dado todo o apoio necessário para que este segmento da população mantenha ações preventivas. “Estamos distribuindo álcool em gel e máscaras constantemente, mudamos o formato do horário das refeições aqui no Centro POP também. Antes era todo mundo junto, agora estamos dividindo em grupo de quatro pessoas no máximo. Dentre tantas outras ações”.
De acordo com Rejane Magalhães, até o momento não foi confirmado nenhum caso da Covid-19 entre o público assistido pelo centro. “Mas, agora teremos um retrato mais real com a realização desses testes. Caso surja algum caso positivo o morador será encaminhado para o abrigo estadual para moradores de rua que precisam ficar em isolamento”.
Questionada sobre quais medidas serão adotadas no caso de algum morador de rua se recusar a ir para o abrigo, Ana Iara informou que, “nesse caso ele assina um termo de responsabilidade onde diz que está se negando a ir. Esse termo é entregue ao Ministério Público que junto com um juiz decidirá pela internação compulsória ou não do morador para preservar a saúde dele e da população”.