Doença da urina preta: Ministério da Saúde monitora casos em sete estados. A Bahia está na lista

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Pelo menos sete estados brasileiros, segundo o Ministério da Saúde, têm registros de casos da Síndrome de Haff, conhecida como doença da urina preta, causada por uma toxina encontrada em peixes e crustáceos e provoca dores musculares, falta de ar e insuficiência renal, além de deixar a urina com coloração escura.

Em nota ao jornal O Estado de S. Paulo, o Ministério da Saúde informou que há o registro de 61 infectados no Amazonas e que aguarda a confirmação de outros 22 “compatíveis com a doença em outras seis unidades federadas”, sem mencionar quais são.

Bahia, Ceará e Pará também registrou diagnósticos da Síndrome de Haff. Como ela é pouco estudada, acredita-se que esses animais possam ter se alimentado de algas com certos tipos de toxinas que, consumidas pelo ser humano, provocam os sintomas. Contudo, a toxina, sem cheiro e sem sabor, surge quando o peixe não é guardado e acondicionado de maneira adequada.

O quadro descrito nos pacientes graves é compatível com a rabdmiólise, doença que destrói as fibras que compõem os músculos do corpo. Quando associada ao consumo de peixes, a síndrome é conhecida como Doença de Haff.

De acordo com informações do portal G1, o Amazonas registrou ao menos 61 casos da doença da urina preta em dez municípios do estado. Uma mulher de 51 anos morreu em Itacoatiara.

A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM) informou que essa é a terceira vez que ocorrem surtos de doença da urina preta no Amazonas. O primeiro foi em 2008, com 27 casos nas cidades de Manaus e Careiro. Nenhuma morte foi registrada. O segundo foi em 2015, com 74 casos registrados em Manaus, Itacoatiara, Itapiranga, Nova Olinda do Norte, Autazes e Urucurituba, também sem mortes

A Bahia identificou 13 casos da síndrome até o momento. De acordo com a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), as notificações foram feitas nos municípios de Alagoinhas, Salvador, Maraú, Mata de São João, Camaçari e Simões Filho. No total, cinco permanecem em investigação.

De acordo com a Sesab, os 13 casos confirmados entre janeiro e setembro deste ano são de pacientes de 20 a 79 anos. A faixa etária mais acometida é entre 35 a 49 anos, com sete casos (53,8%), seguida da faixa etária de 20 a 34 anos, com cinco casos (38,5%. Entre os casos confirmados, 66% são homens.

No Ceará, a Secretaria da Saúde estado investiga a ocorrência de nove casos suspeitos. Os números correspondem os registros até o dia 21 de agosto e aguardam confirmação laboratorial da toxina presente em peixes possivelmente contaminados. Dos nove casos suspeitos, quatro são homens e cinco são mulheres, com idade média de 51 anos.

Três casos suspeitos da Doença de Haff são investigados no Pará. A maioria deles têm se concentrado na região do baixo Amazonas, que encontra-se no período de estiagem, quando há redução do volume na renovação da água nos ambientes naturais permitindo a proliferação de algas, o que pode ter propiciado a aparição da toxina.

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