Para impedir os números crescentes da violência domestica, há um ano, o Conselho Nacional de Justiça e Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) lançaram a campanha Sinal Vermelho.
A ideia central é garantir que a mulher possa pedir ajuda em farmácias, órgãos públicos e agências bancarias, apresentando um x feito de baton como ou qualquer material na palma da mão. Diante desse gesto, caberá o atendente acionar as unidades policiais.
O Camaçari Alerta visitou algumas farmácias de grande rede e constatou a falta de informação e preparo sobre a campanha no local que deveria ser um ponto de ajuda. “Não sei como funciona esta campanha, não tenho como orientar as mulheres que chegarem aqui”, relatou uma gerente de farmácia que preferiu não ser identificada.
Para intensificar a Campanha Sinal Vermelho no municipio, a Camara Municipal realizou nesta segunda-feira (30) uma sessão especial para tratar sobre o tema.
Numa fala contextualizada de estatísticas, o presidente da casa legislativa, Junior Borges, autor da sessão, destacou que o Brasil ocupa o 5º lugar no ranking mundial, e que ” é preciso que os orgaos de proteção as mulheres, não parem de buscar uma mudança neste cenário, onde se registra o ódio dos homens contra as mulheres. É preciso intensificar o apoio às mulheres que sofrem todo tipo de violência . É preciso discutir todas as formas possiveis de combater este ato covarde, construir políticas públicas, prender estes criminosos, fazer justiça a cada mulher agredida” , enfatizou acrescendo as sanções previstas com as mudanças na lei. “ No dia 29 de julho deste ano, foi marcado por um avanço no combate violencia a mulher, data em que foi publicado no Diário Oficial da União, a Lei 14.188/21que incentiva as mulheres a denunciarem, situação de violencia mostrando um X na palma da mão, incluiu no Código Penal o crime de violência psicológica contra a mulher, caracterizando como causa emocional á mulher ”, pontuou.
O presidente da Câmara Municipal de Salvador, Geraldo Junior, esteve presente e elogiou a iniciativa. “Esta é uma oportunidade de falarmos sobre um assunto que precisa da atenção de todos que é sobre a violência doméstica. Junior Borges, mais uma vez pauta um tema que não somente Camaçari, mas Região Metropolitana e Salvador devem fortalecer também em suas plenárias”, destacou.
Uma das palestrantes, a comandante da Ronda Maria da Penha, Deize Pinto, fez um rápido balanço das ações de um ano e meio de funcionamento do patrulhamento especial na cidade e foi enfática em dizer que “durante a pandemia o número de violência contra as mulheres aumentou, em Camaçari foram registrados cinco casos de feminicídio. E que o papel da ronda é fiscalizar e fazer valer o cumprimento da medidas protetivas a fim de evitar que casos como estes aconteçam”, destacou
A coordenadora do Centro de Referência de Atendimento à Mulher, Yolanda Pires – CRAM, Bela Batista destacou o funcionamento do órgão no município, que vem funcionando constantemente, inclusive durante todo o período da pandemia. “Prestamos serviços a todo momento, de forma especial, para que esta mulher que sofre alguma violência seja acolhida. Temos uma equipe multiplicar para orientar e encaminhar no que for necessário. E iniciativas como esta da Camara ajudam a divulgar este trabalho e a apresentar alternativas de ajuda por meio da Campanha do Sinal Vermelho”, ressaltou.
Estiveram presentes ainda no evento: Fafá de Senhorinho ( DEM), professora Angélica (PP), Tagner (PT), Vavau (PSB), Ivandel Pires (Cidadania) e Dilson Magalhães Junior (PSDB) Niltinho (PSDB); e convidados, advogada e professora Maria Cristina, Secretaria de Turismo Cristiane Bacelar, representantes da Seduc e demais autoridades.
Carluze Barper – Jornalista
Imagens: Câmara de Vereadores
