Em entrevista à Jequié FM, pré-candidato ao governo ainda revelou que pretende criar Hubs de tecnologia nas regiões do estado
O pré-candidato ao governo do estado ACM Neto (Democratas) afirmou nesta sexta-feira (14) que os governos do PT na Bahia maltrataram os servidores públicos. Em entrevista à rádio Jequié FM, ele lembrou que o ex-governador e atual senador Jaques Wagner (PT), em sua campanha em 2006, levou contracheque de policiais e professores para a televisão e sempre usou isso como bandeira e discurso político. “Chegaram no governo e maltrataram os servidores”, ressaltou.
Na entrevista, Neto, que testou positivo para Covid-19 e está em isolamento, voltou a destacar a necessidade de cumprimento das medidas preventivas, falou sobre o potencial econômico de Jequié, ressaltou os índices negativos de educação e segurança pública no estado e revelou que pretende criar Hubs de tecnologia nas regiões do estado como forma de desenvolver ideias e dar suporte à economia baiana.
Sobre os servidores, ACM Neto afirmou que tem dialogado com diversas categorias. “Onde eu chego na Bahia, ouço os servidores em geral, e em particular professores e policiais, estão muito machucados, desvalorizados, seja pela questão salarial, seja também pelas condições de trabalho. E não há governo forte, não há hipótese é um governo produtivo, eficiente, sem que o funcionalismo esteja motivado, vestindo a camisa, correndo atrás”, afirmou.
Ele ressaltou que, no diálogo com o funcionalismo público, não vai prometer o que não pode cumprir e falou também sobre o Planserv, frequentemente alvo de críticas dos servidores. “Quem conhece sabe: não é porque nós vamos ter eleição esse ano que vamos prometer milagre, prometer coisas impossíveis. Mas eu tenho aberto um diálogo franco com os servidores públicos, primeiro para ter o conhecimento pleno dessa realidade e dos problemas acumulados ao longo desses quase dezesseis anos e, segundo, com a perspectiva de valorização das carreiras, de apoio ao funcionalismo”, disse.
Ao falar do Planserv, o pré-candidato lembrou que implantou um plano de saúde para servidores de Salvador no período em que foi prefeito. “O que a gente viu acontecendo no Planserv durante esse tempo todo foi um esvaziamento, descredenciamento de clínicas e hospitais. Muitas vezes o servidor precisa recorrer a uma clínica, a um hospital, para fazer um exame, marcar uma consulta e não tem alternativa. Então, o servidor tem que ser valorizado, priorizado. Eu não vou fazer politicagem com os servidores”, salientou.
Tecnologia
ACM Neto afirmou que é preciso repensar o modelo de gestão dos polos industriais do estado, chamando os empresários para o diálogo, inclusive na procura por novos negócios. “É preciso criar um ambiente favorável para os investimentos. O poder público tem que entrar com aquilo que é de sua responsabilidade, infraestrutura, política fiscal, facilitar os procedimentos legais, regularização de alvará, de licença. O estado tem que entrar com tecnologia, com suporte. Do outro lado, você tem que ter o empresário também envolvido na gestão ao lado do poder público na busca de novos investimentos”, disse.
Neste sentido, pontuou que pretende criar Hubs de tecnologia, ao lembrar também que em sua gestão foi criado um Hub, que funciona no Comércio. “Hub é um grande espaço onde o poder público cria as condições para implantação de startups e vão desenvolver ideias, sejam para a região, sejam para serem exportadas. A gente tem que levar tecnologia, pegar essa juventude que está chegando com a cabeça nova, arejada, criativa, cheia de talento para ajudar a pensar. Eu pretendo fazer em Jequié e em outras cidades da Bahia esses grandes centros de tecnologia para desenvolver ideias e para dar suporte à economia real, à indústria, ao agronegócio, ao comércio”, ressaltou.
Ele ainda lembrou que a Bahia tem hoje o maior número de homicídios do país e o pior ensino médio entre os estados. “O correto é a Bahia ser o primeiro lugar em educação e último lugar na violência. E uma coisa está ligada à outra, e as duas coisas, segurança e educação, no fundo não vão mudar se não houver um compromisso dos servidores de participarem dessa luta. E eu sei que eles querem, mas dependem de um governo que os estimule, que chame para resolver o problema conjuntamente, e é o que pretendo fazer caso tenha a oportunidade de ser governador”, frisou.